• BLOG
  • LITERATURA
  • Ficções
  • Sobre
Menu

Rodrigo Maceira

Autor, professor e pesquisador
  • BLOG
  • LITERATURA
  • Ficções
  • Sobre
CAPA.png

travessias

January 8, 2021

Levou um tempo para eu me interessar por poesia. Na verdade, bastante tempo. Acho torta a maneira como a ideia de poesia chega pra gente. Vira uma tarefa, um problema a ser resolvido. Não que isso seja de todo errado. Mas, depois, com a sorte de tomar a poesia como experiência, sentimento que precisa encontrar alguma forma, a relação muda, e fica menos pesado pensar por que chegamos na música, na rima e, mais bruto, no verso.

Quando pesquisei sobre a etimologia do verso e encontrei o verso como metáfora, como movimento transversal, soube explicar - pra mim e pros outros - aquela extensão da poesia para além do poema. Daí li O arco e a lira, do Paz, e o processamento foi se tornando cada vez mais orgânico. Os momentos, as pancadas e as alegrias da vida, que chegam, cruzam e, às suas maneiras, pedem para ser cantados. Cada um tem seu tempo, sua melodia, seu lugar. Suas pessoas. Pra mim, pra você.

Andando pela 25 de março, antes da pandemia, no final de 2019, dei com uma espécie de rolo de barbante achatado. Uma fita de tecido. Fiquei olhando. Foi um verso. Na hora, comecei a imaginar o poema sobre a faixa; na hora também, me imaginei atravessado o poema que estaria na faixa. E, sem precisar de muito esforço, quando sentei para escrever, entendi que o poema seria sobre a poesia, e que a poesia, a que vale a pena, estava com o combustível carregado: as cicatrizes, boas e ruins, de quando fui atravessado pela vida.


Tags rodrigo maceira, a poesia foi a travessia mais arriscada da minha vida, lilac pavilion, lucas hirai, travessia, poesia, performance
← Perceptual event framed by the artistpoetry made by all →

últimas 

Featured
Sep 14, 2025
back to blogging
Sep 14, 2025
Sep 14, 2025
Sep 17, 2023
Sep 17, 2023
Sep 17, 2023
Jan 21, 2023
finesse: promessa da eldorado
Jan 21, 2023
Jan 21, 2023
Oct 8, 2022
Communitas ou o rock
Oct 8, 2022
Oct 8, 2022
Apr 21, 2022
palavra em performance
Apr 21, 2022
Apr 21, 2022
Feb 1, 2022
Esse bosque rock e pulenta
Feb 1, 2022
Feb 1, 2022
Jan 28, 2022
o meio é a msg, mas o poema não é a poesia
Jan 28, 2022
Jan 28, 2022
Jan 16, 2022
metáfora
Jan 16, 2022
Jan 16, 2022
Jan 14, 2022
meu primeiro poema concreto de 2022 (concrete poetry)
Jan 14, 2022
Jan 14, 2022
Dec 31, 2021
por um triz, ano novo
Dec 31, 2021
Dec 31, 2021